
Os primeiros sinais de Autismo na infância podem facilmente passar despercebidos. E, em casos totalmente opostos, os pais normalmente ficam muito preocupados e ansiosos para que seus filhos falem, andem, comam e interajam logo com tudo ao redor – essa ansiedade normalmente os leva a pensar que o filho pode ter Autismo, o que não é sempre o caso.
Quando se fala de Autismo, o assunto é muito mais complexo do que isso, e o mesmo pode ser dito sobre paternidade e sobre o desenvolvimento de crianças. Não existe bem uma fórmula de como a criança deve se comportar, porém é necessário que as pessoas estejam atentas aos possíveis sinais que indicam essas dificuldades de desenvolvimento atreladas ao TEA, Transtorno do Espectro Autista. Por isso, preparamos este artigo que te ajuda a identificar esses sinais. Vem com a gente!
O que é o Autismo?
É um distúrbio do neurodesenvolvimento que aparece já na infância e atrapalha convívios sociais e o comportamento pessoal da criança. Mas claro que não é tão simples. Não é à toa que o nome completo é Transtorno do Espectro Autista. Isso é porque engloba diferentes condições, que possuem três características similares: a dificuldade de comunicação; dificuldade de socialização; padrão de comportamento repetitivo e limitado. Por ser um espectro, é importante entender as diferenças entre cada tipo.
Tipos de Autismo
Autismo Clássico: de forma geral, as pessoas com esse quadro são mais introvertidas e não gostam de estabelecer contato visual. Eles conseguem falar, mas não costumam usar a fala como forma de comunicação; também têm dificuldade de entender o sentido figurado ou metafórico das coisas, se atendo ao sentido literal das palavras. Quando o caso é mais grave, elas demonstram ausência completa de contato com outras pessoas, o que faz com que sejam crianças e jovens isolados.
Autismo de Alto Desempenho: também conhecido como síndrome de Asperger, esse quadro apresenta as mesmas dificuldades, mas em uma medida muito menor. Eles são incrivelmente inteligentes e são praticamente gênios nas áreas de conhecimento em que se especializam. A dificuldade de interação social depende muito do ambiente em que a criança cresceu, mas, no geral, pessoas com síndrome de Asperger conseguem levar uma vida bem normal. O estigma em relação a isso melhorou durante os últimos anos, com celebridades revelando que possuem a doença – alguns deles: o ator Anthony Hopkins e o tecnólogo Elon Musk.
Distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação: esses caso são quando o paciente é diagnosticado dentro do espectro autista, apresentando dificuldade de comunicação e interação social, mas seus sintomas não são o suficiente para incluí-lo dentro de alguma categoria específica, o que dificulta o diagnóstico preciso.
Sintomas
Os primeiros sinais costumam aparecer a partir de 1 ou 2 anos de idade, mas nem sempre os pais acabam reconhecendo. É justamente por isso que estamos fazendo esse artigo: quanto mais cedo o diagnóstico for feito, melhor será a qualidade de vida e o desenvolvimento interpessoal da criança. Quando se fala de sintomas e sinais, é difícil ser certeiro dentro do espectro autista, porque nenhum paciente é igual. Mas fique de olho nessas coisas:
Isolamento social (pode ser algo mais leve ou não)
Sensibilidade auditiva aguçada
Muita seletividade alimentar
Presença de padrões repetitivos, como ficar se balançando ou bater nas orelhas
Não gostam de toques ou de serem encarados nos olhos
Causas do Autismo
Os primeiros estudos do assunto consideram a possibilidade do transtorno ser um resultado da dinâmica familiar, culpabilizando os pais, mas essa hipótese se mostrou errada. Portanto, atualmente, o campo científico entende que as causas para o Autismo são várias: genética, biologia e questões de ambiente. Porém, ainda não há uma resposta concreta para isso.
Vida depois do diagnóstico
Não existe uma cura para o Autismo, ou seja, qualquer coisa que a família busque tem relação com uma melhora na qualidade de vida do paciente. A recomendação é de que se proporcionem estímulos que minimizem os efeitos da doença: visita a psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Quanto mais cedo o TEA for diagnosticado, melhor será a vida do paciente e da família ao redor. Mas o mais importante é entender que esse quadro clínico não impede que o paciente com Autismo tenha uma vida tranquila e normal. Existe vida após o diagnóstico.